sexta-feira, 12 de novembro de 2010

ETMOLOGIA




 A ETMOLOGIA DOS NOMES DAS CORES




Amarelo
 
Na Antiguidade, pensava-se que a icterícia, uma doença que deixa as crianças amareladas, vinha da bílis, secreção produzida pelo fígado que era chamada “humor amargo”. No latim, amargo era amargus, que no diminutivo virava amarellus, que acabou virando amarelo.

Laranja
 
Quando os árabes resolveram fazer uma “visitinha” à Europa, trouxeram na bagagem a fruta laranja – nárandja, em árabe. De lambuja, acabaram batizando a cor.

Branco
 
Em geral, dizemos que algo bem liso e brilhante é “branquinho”. Os latinos também achavam isso e pegaram o germânico blank, que significa polido, para falar da cor. Aliás, o termo “armas brancas”, usado para facas e punhais, vem daí: branco de polido, reluzente.
Preto
 
O nome da cor preta vem do latim appectoráre, que queria dizer “comprimir contra o peito”. Como assim? É que, com o tempo, o appectorár virou apretar. E, por uma analogia muito criativa, deu no preto, querendo dizer algo denso, espesso, “apertado”.

Azul
 
Foi uma pedra preciosa chamada lápis-lazúli que batizou a cor azul. Lápis não conta, porque já queria dizer pedra em latim, mas o lazúli veio do árabe lázúrd, nome da rocha azulada. Em latim, o que era pedra continuou pedra, e a cor ficou simplesmente azul.

Marrom
 
A castanha portuguesa, aquela do Natal, chama-se marron, em francês. E foi da cor desse fruto que veio o nosso marrom. Aliás, o marrom-glacê é isso: um doce escuro feito de castanha portuguesa.

Cinza
 
O cinza nasceu daquela massa de pó misturado com brasas que sobra no fim das fogueiras. Por associação, a palavra latina cinisia, que queria dizer cinzas, transformou-se também no nome do tom preto-claro.

Vermelho
 
Antigamente, como ninguém conhecia urucum nem pau-brasil na Europa, o único jeito de fazer tinta vermelha era usar um inseto – hoje chamado de cochonilha – que, esmagado, virava um vermelhão. O nome dessa cor vem do latim vermiculum, vermezinho.

Verde
 
Aqui chegamos a uma das poucas cores que já nasceu cor. O verbo latino vivere significava estar verde, verdejar. Dele é que nasceu a associação do verde com algo que está nascendo, que ainda não está pronto.







Nenhum comentário:

Postar um comentário